quinta-feira, 24 de março de 2011

Fundamentos da Engenharia Genética

A engenharia genética permite manipular directamente os genes de determinados organismos com objectivos práticos. São várias as aplicações da Engenharia Genética e as técnicas utilizadas.
O objectivo da engenharia genética consiste em isolar e transferir genes, responsáveis pela produção de certas substâncias (por exemplo, as proteínas), para outros seres vivos que não produziam estas substâncias, de modo a serem funcionais nestes seres.
Um dos grandes problemas com que se depararam os investigadores que tentavam manipular o DNA era o isolamento dos genes. Ao longo da década de 60 do mesmo século, diversas investigações com microrganismos tinham permitido descobrir enzimas capazes de seleccionar o DNA em locais específicos. Estas enzimas denominadas enzimas de restrição, começaram, então, a ser utilizadas em técnicas de manipulação in vitro. Podemos afirmar que as enzimas de restrição estão na base da engenharia genética, cujo objectivo é a manipulação directa de genes com um fim prático.

Enzimas de restrição:


Estas enzimas actuam em pontos específicos, as chamadas zonas de restrição, catalisando o desdobramento da DNA em fragmentos menores. Estes fragmentos contêm nas suas extremidades a sequência que foi reconhecida pela enzima de restrição. Estas porções terminais designam-se por extremidades coesivas.

As extremidades coesivas podem então ligar-se, por complementaridade, a outro DNA. Neste processo intervêm outras enzimas, chamadas ligases do DNA, que catalisam o processo que permite que fragmentos de DNA se voltem a ligar.




Acção das enzimas de restrição e da DNA ligase:



Endonucleases de restrição:

- Mecanismo natural de defesa de algumas bactérias contra os vírus que as infectam.
- Actuam em pontos específicos, promovendo o corte da cadeia de DNA viral.

As técnicas de Engenharia Genética são:
- DNA recombinante (rDNA)
- DNA complementar (cDNA)
- PCR (Reacções de Polimerização em Cadeia)
- Biblioteca de genes

DNA Recombinante (rDNA):

A tecnologia do DNA recombinado permite criar novas combinações de material genético, capaz de ser herdado, a partir de moléculas de DNA que podem ser de origem diferente. A criação destas combinações (moléculas quiméricas) recorre a uma estratégia denominada clonagem de genes, que utiliza como ferramentas biológicas principais as enzimas de restrição, que actuam como umas “tesouras”, muito precisas, para cortar o DNA, a DNA ligase, que liga esse DNA fragmentado e os vectores de clonagem.
Os fragmentos obtidos são, então, incorporados num vector.
                                                                             |
                                                              > bacteriófagos (vírus que atacam bactérias)
                                                             > plasmídeos (pequenos fragmentos livres de DNA com forma circular que estão presentes em bactérias)


Formação de rDNA:




Obtenção de um rDNA:

Para que fragmento de DNA estranho seja incorporado no vector, é necessário que a mesma enzima de restrição que actuo sobre esse DNA actue sobre o vector, de forma a expor uma sequência nucleotídica complementar. Os dois segmentos de DNA são ligados por acção da enzima DNA ligase, produzindo uma nova molécula estável - rDNA.


Exemplo onde se utiliza esta tecnica: Produção de insulina humana


DNA complementar (cDNA):
A técnica cDNA permite obter DNA a partir de de um mRNA maduro e facilita a obtenção de DNA no seu estado mais puro (sem intrões).





 PCR (Reacções de Polimerização em Cadeia):
O PCR é um método que permite, de forma rápida, ampliar uma determinada porção de DNA. 

Biblioteca de genes:

Investigadores conservam cópias de genes, constituindo bibliotecas de genes.
Vantagens: permitem acelerar os processos laboratoriais porque evita as primeiras etapas do processo de isolamento de genes.

DNA fingerprint:



Terapia Génica:


segunda-feira, 14 de março de 2011

Cancro

http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/doencas/cancro/cancro.htm


Cancro:



     A palavra cancro é utilizada genericamente para identificar um vasto conjunto de doenças que são os tumores malignos.

Os tumores malignos são muito diversos, havendo causas, formas de evolução e tratamentos diferentes para cada tipo. 
   Há, porém, uma característica comum a todos eles: a divisão e o crescimento descontrolado das células.




Existem dois tipos de tumores: 
   - os benignos;
   - e os malignos. 
Neoplasia é também uma designação frequente para tumor.
  • Características das células cancerosas:
 - são pouco especializadas (desdiferenciadas) e com forma arredondada;
- dividem-se continuamente;
- invadem os tecidos adjacentes;
- podem instalar-se noutros locais do organismo, onde chegam através da corrente sanguínea ou linfática, originando novos tumores que se chamam metástases.

Genes relacionados com o aparecimento de cancro e suas mutações:

- Proteínas que reparam o DNA: Se a mutação as tornar inactivas aumenta a probabilidade de as mutações se tornarem permanentes;

- Genes represores de tumores: Codificam produtos que inibem a divisão celular. Ocorre cancro quando estes genes são inactivos ou codificam produtos não funcionais (controlam as células em divisão e eliminam as que estão "descontroladas");

- Oncogenes: Resultam da mutação de proto-oncogenes. 
                                                              |
                            codificam proteínas que estimulam a divisão celular


As crianças são mesmo imprevisíveis.
Enorme prova de amor e de amizade. Assim é muito mais fácil superar e aguentar a doença, com o apoio da família e dos amigos.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Mutações

MUTAÇÕES: Qualquer modificação ou alteração brusca de genes ou de cromossomas, podendo provocar uma variação hereditária ou uma mudança no fenótipo.
São as mutações que dão origem à variabilidade de indivíduos de uma população sobre a qual actua a selecção natural.


Existem dois tipos de mutações:

  • Génicas: 
    • Afectam um número reduzido de genes;
    • Afectam principalmente as células somáticas;
    • Todas as células descendentes são afectadas, mas podem localizar-se apenas numa pequena parte do corpo;
    • Não são transmitidas à descendência.
  • Cromossómicas:
    • Afectam principalmente os gâmetas;
    • Afectam os gâmetas e todas as células que deles descendem após a fecundação;
    • É transmitida à descendência;
    • Traduzem-se numa alteração da estrutura ou do número de cromossomas.


Agentes mutagénicos – substâncias químicas ou radiações que aumentam a 
probabilidade de ocorrência de mutações.


Quadro síntese:



Origem das aneuplodias:






Imagens:
  • Albinismo

  • Anemia falciforme

  • Mio de gato


  • X frágil

  • Trissomias:
  • Síndrome de Patau

  • Síndrome de Klinefelter




  • Trissomia 21